Visita técnica à Tomé-Açu no Pará reforça prospecção de sistemas agroflorestais e fortalece o Floresta Viva Maranhão

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23/08/2024

A equipe da Superintendência de Economia Verde da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA) realizou visita técnica, nesta semana, ao Sistema Agroflorestal de Tomé-Açu (Safta) no Pará. O objetivo foi aprofundar os conhecimentos sobre o sistema que é referência na produção sustentável e consorciada de culturas como açaí, cacau, pimenta-do-reino e cupuaçu.

Os resultados dessa prospecção irão subsidiar o projeto Floresta Viva Maranhão, ação estratégica que visa a recuperação de áreas degradadas do estado mantendo a floresta em pé e incentivando a preservação e o manejo sustentável dos recursos.

A Superintendente Marlla Arouche explicou que o Safta no Pará busca a integração harmoniosa de espécies agrícolas e florestais, promovendo a recuperação do solo e maior biodiversidade. 

“Os Saftas são todos orgânicos usando pouquíssimos ou quase nada de produtos químicos no processo, eles tentam usar os recursos oferecidos pela floresta e usam as tecnologias milenares trazidas pelos imigrantes japoneses para ter uma produção orgânica e sustentável”, informou Marlla Arouche.

Durante a visita diversas propriedades rurais foram visitadas. A equipe teve acesso aos sistemas de produção e às formas de plantio e manejo da terra. 

No Maranhão o Floresta Viva já é uma realidade na cidade de São Bento, onde recentemente foi inaugurado o maior viveiro público do Brasil com capacidade anual de 1 milhão de mudas, produção sustentável e 100 famílias beneficiadas. O programa também foi expandido para o município de Anajatuba. 

Em São Bento, a espécie escolhida para o viveiro de mudas foi a Jussara ou Açaí, fruto nativo com grande potencial para fortalecimento da cadeia produtiva na Amazônia Maranhense. Em Anajatuba a implantação de mais um viveiro vai oferecer alternativas de renda para as comunidades locais e fomentar a preservação e o desenvolvimento sustentável.

Tomé-Açu no Pará destaca-se como polo nacional neste tipo de Sistema Agroflorestal, especialmente através da atuação da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA), que é pioneira na disseminação desse sistema agroecológico beneficiando muitas famílias que hoje vivem unicamente da produção das suas safs.